Negar o afeto e as emoções significa negar o desenvolvimento humano e suas manifestações no âmbito cognitivo, biológico e social.
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Falar do afeto no contexto ensino-aprendizagem, ao contrário do que muitos podem pensar, refere-se à essência do ensino, ao motor da aprendizagem, às íntimas relações com as estruturas cognitivas.
Assim referendam alguns autores que aqui cito no que concerne à imprescindibilidade do afeto no processo de aprendizagem, são eles: Vigotski, Wallon e Piaget.
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A função da emoção é social e desponta como imprescindível para a relação com o outro, bem como para a inserção do indivíduo em seu meio.
E, diga-se de passagem, o primeiro recurso que a criança possui para interagir com as pessoas, note-se o choro do bebê que mobiliza todos que estão ao seu redor.
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A afetividade, portanto, assim como o ato motor e a cognição, está presente durante toda a vida do sujeito devendo, pois, ser levada em conta em todo estudo sobre o desenvolvimento do ser humano, tanto no plano individual, como no social, cultural, cognitivo.
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O indivíduo, como Ser social que é, necessita das interações para aprender, para se desenvolver; necessita dar e receber numa troca enriquecedora e que acontece desde o início da vida, na família, depois na escola, no trabalho, na vida social.
A vivência da afetividade, portanto, tem vital importância no desenvolvimento do ser humano como um todo.